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Entenda como vai funcionar o Drex, Real em formato digital que deve ser implantado até 2024

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Júlia Leite

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Otávio Carvalho

O Real digital, batizado de Drex (sigla formada pelas iniciais de Digital, Real, Eletrônico, com o "X" transmitindo a noção de modernidade e conexão), é a versão brasileira do que se convencionou chamar de CBDC (Central Bank Digital Currency), ou Moedas Digitais de Bancos Centrais.

Elas funcionam como uma representação digital das moedas físicas que utiliza tecnologias de registro distribuído, sendo o Blockchain a mais conhecida delas, integrada ao ambiente regulado dos sistemas financeiros nacionais e internacionais.

O Drex será emitido pelo Banco Central do Brasil e funcionará como uma representação digital do Real físico em circulação. Amoeda digital é uma resposta ao avanço e à disseminação das criptomoedas e oferece uma série de vantagens em relação ao Real tradicional:

A adoção do Real digital ainda está em etapa de estudos e desenvolvimento. Atualmente, o projeto encontra-se na fase piloto, que envolve testes para operações com o Drex em um ambiente simulado. 

O projeto piloto da moeda digital oficial brasileira começou a ser desenvolvido em março de 2023. A partir de maio, o BCB informou a incorporação de agentes financeiros nos testes do novo serviço. Na primeira semana de setembro, o Bradesco, o Inter e a Caixa Econômica Federal realizaram a primeira transferência simultânea envolvendo três bancos utilizando o Drex. 

De acordo com as instituições bancárias, a transferência foi realizada a partir de reservas tokenizadas (parte de uma rede blockchain) da Caixa e do Inter. Os valores foram enviados ao mesmo tempo pelos bancos para o Bradesco que, em seguida, o Bradesco os devolveu. A operação foi considerada bem-sucedida e significa um novo marco na fase de testes do Real digital.

As simulações envolvendo títulos públicos devem ser iniciados em fevereiro de 2024. Ainda não há uma data para que a moeda digital seja implementada no país, mas a expectativa é que ela seja disponibilizada até o final de 2024.

Para utilizar o Real digital, será necessário ter uma carteira digital virtual sob responsabilidade de bancos ou instituições financeiras autorizados pelo BCB. Ela pode funcionar sob a forma de um aplicativo em um dispositivo móvel ou um dispositivo de hardware específico que permitirá armazenar, enviar e receber a moeda digital de forma segura.

O BCB pretende que o Real digital seja lançado em duas modalidades: de atacado e de varejo. A versão de atacado será voltada apenas para transações de elevados valores, normalmente entre participante do sistema financeiro, enquanto a de varejo é voltada para atender às necessidades de pagamento e liquidação de indivíduos e de empresas de todos os portes, podendo ser utilizada para pagamentos e para operações financeiras cotidianas em qualquer faixa de valor. 

É importante destacar que o Real digital não se confunde com as criptomoedas.